Ô terminal, onde "estáis"!

Já imaginou ter que pegar um ônibus que não tem ponto definido? Seria um transtorno, não é? Mas essa é a realidade dos moradores de Nova Descoberta, bairro de 34 mil habitantes na Zona Norte do Recife, que dependem da linha 680-Vasco da Gama/Afogados. Um dia, o ônibus para em um lugar da rua. No seguinte já é diferente. O terminal, na Avenida Vereador Otacílio Azevedo, é improvisado há mais de 20 anos, obrigando fiscais, motoristas e cobradores a usar um banheiro sem condições mínimas de higiene, além de não terem onde estacionar os veículos entre uma viagem e outra. É um retrato da desordem vista todos os dias pelos usuários do transporte coletivo na Região Metropolitana, principalmente no subúrbio.

Uma barraca de alumínio com poucos metros quadrados é o único espaço disponível para o fiscal e motoristas e cobradores de oito veículos da linha - quatro são da empresa Globo e quatro da Pedrosa, cuja garagem é quase em frente ao "terminal". Na verdade, esse é apenas um espaço alugado pela Pedrosa para os funcionários, já que, segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, não há realmente um terminal; o que funciona oficialmente é apenas o ponto final. Não há sequer espaço para isso ou previsão do órgão para a construção em outra localidade. A Pedrosa afirma que a solução encontrada foi oferecer a garagem como área de apoio para os rodoviários e como ponto de ônibus.

Os motoristas da Vasco da Gama/Afogados ficam sem saber onde deixar os ônibus até a próxima viagem, já que, se estacionassem em frente ao ponto final, bloqueariam o trânsito já complicado na avenida de mão dupla, prejudicando até o acesso à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do local. Assim, os veículos geralmente ficam na calçada da via, cerca de 20 metros após a unidade de saúde, na rua ao lado ou ainda na garagem da Pedrosa.

O Sindicato dos Rodoviários já visitou o terminal e verificou os problemas. "Lá tem risco grave de vazar corrente elétrica", acrescenta o assessor de comunicação da entidade, Genildo Pereira. "Só tem uma solução: retirar o terminal de lá e conseguir um local. O ideal seria levar para o Alto do Eucalipto", defende. O sindicato afirmou que enviará um ofício para o Grande Recife Consórcio de Transporte reivindicando a transferência do ponto final. Porém, até lá, os problemas deverão continuar.

do blog JC trânsito

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